2009-12-31

40 Horas..

Passam poucos minutos das 40 horas, das 40 horas que decorreram desde de que o meu corpo deixou pela última vez aquele estado de graça onde as forças são recuperadas e o equilíbrio físico restabelecido, sim, esse estado que é comummente designado por: dormir.

É o último dia deste ano, e uma vez mais já estou atrasado para o meu último dormir deste ciclo que se aproxima do fim, também este último estado de latência vai ter que ser rápido, aliás como parecem todos desde de algum qualquer ano que já passou.

Revejo a velocidade com que passaram estas ultimas 40 horas, e inconscientemente estou a rever a rapidez com que passou este ultimo ano, este ano em que senti que iria ser “diferente”, “especial” e que de facto foi, e ao mesmo tempo pergunto-me se outras pessoas têm este sentir, esta certeza de que algo de importante vai acontecer, algo que fará de alguma forma mudar alguma coisa na rotina diária, no tradicional, na forma de viver, de sentir, de procurar, de estar, até no respirar. Pergunto-me se é o facto de sentir “isso” antecipadamente que faz com que as respostas venham até nós, ou se somos nós que as descobrimos porque sentimos que as iríamos encontrar. Confuso? É provável, pois não parece existir grande diferença, mas na verdade existe, talvez não no destino, mas sim no caminho. Seja como for, suponho que este ano vou comprovar esta pseudo-teoria, pois novamente sinto que este ano que vem, também será de alguma forma “diferente”!

E de onde vem esta “certeza”, este “sentir”? Talvez da força do querer de ter esta certeza, de querer esse sentir, pois quando não de mim que vem, vem da inspiração que a historia uma vez mais me relembra ao falar-me de todos os heróis e heroínas que passaram neste mundo. Não quero com isto dizer que não conheço alguns, na verdade conheço muitos(as), mas como estou aqui a partilhar as suas vidas, torna-se por vezes mais difícil para mim descobri-los(as) em todos os seus pequenos actos banais mas com heroísmo que realizam um pouco todos os dias. Estranho, como heróis que já viveram parecem por vezes mais fáceis de encontrar, quando tenho tantos que fisicamente tocam a minha mão, com ternura me mostram o seu sorriso, com carinho me fazem sentir o calor do seu abraço!

A todos estes que me deixam ouvir a sua voz, dedico uma frase de Etty Hillesum (uma heroína do passado) que chegou até mim por uma heroína (do presente):
Vou ajudar-te Deus, a não me abandonares”.

2009-12-17

Destruição

Que o homem pode destruir a vida é tão milagroso como a façanha de ele a poder criar, pois a vida é o milagre, o inexplicável. No ato de destruição, o homem coloca-se acima da vida, ele transcende a si mesmo como uma criatura. Assim, a melhor escolha para um homem, na medida em que ele é levado a transcender a si mesmo, é criar ou destruir, amar ou odiar.


That man can destroy life is just as miraculous a feat as that he can create it, for life is the miracle, the inexplicable. In the act of destruction, man sets himself above life; he transcends himself as a creature. Thus, the ultimate choice for a man, inasmuch as he is driven to transcend himself, is to create or to destroy, to love or to hate.

- Erich Fromm

2009-11-27

2009-11-18

Basicamente

O que é que nos impede de falar quando calamos?
O que nos impele a falar quando poderíamos calar?
Descobri só duas razões: tu e eu!

Algum tipo de receio, algum tipo de dúvida,
alguma falha no meu ser,
Bloqueia as palavras que dão o justo peso à alma
que penso ser minha.
Algum tipo de força, algum tipo de certeza,
algum tipo de elegância do teu ser,
Fazem redimir por palavras o justo peso
da tua alma perante a minha.

Mas não é a redenção da minha alma que me reabilita,
É sim a tua, diante da minha, que o faz!
Pois neste momento, a firmeza da alma que chama por mim,
Depende do sorrir da alma, que chama por ti.

2009-11-02

Outlandish - Callin U

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2009-10-26

The Holiday

What I'm trying to say is, I understand the feeling as small and as insignificant as humanly possible. And how it can actually ache in places you didn't know you had inside you. And it doesn't matter how many new haircuts you get, or gyms you join, or how many glasses of chardonnay you drink with your girlfriends... you still go to bed every night going over every detail and wonder what you did wrong or how you could have misunderstood. And how in the hell for that brief moment you could think that you were that happy. And sometimes you can even convince yourself that he'll see the light and show up at your door. And after all that, however long all that may be, you'll go somewhere new. And you'll meet people who make you feel worthwhile again. And little pieces of your soul will finally come back. And all that fuzzy stuff, those years of your life that you wasted, that will eventually begin to fade.

- Nancy Meyers

2009-10-08

500 Days of Summer


- Eu não te vi...
- Não devias estar a olhar!

Se Tom aprendeu algo,
é que não se pode atribuir
um grande significado cósmico
a um simples evento terreno.
Coincidência. É o que tudo é.
Nada mais que coincidência.

Tom finalmente aprendeu
que não existem milagres.
Não existem coisas
como o destino.
Nada está destinado a ser.
Ele sabia. Ele tinha
certeza disso agora,
... tinha bastante certeza.

2009-09-28

Barcarolle


O tempo voa e sem regressar
Carrega nossos carinhos,
Para longe deste oásis feliz
O tempo voa para sempre

Zéfiros ardentes,
Nos envolvam com suas carícias!
Zéfiros ardentes,
Dêem-nos seus beijos!
Seus beijos! Seus beijos! Ah!

Bela noite, oh noite de amor,
Sorri às nossas alegrias,
Noite tão mais doce que o dia,
Oh linda noite de amor!
Oh linda noite de amor!
Ah! Sorri às nossas alegrias,
Noite de amor, oh noite de amor
Le temps fuit et sans retour
Emporte nos tendresses,
Loin de cet heureux séjour
Le temps fuit sans retour.

Zéphyrs embrasés,
Versez-nous vos caresses,
Zéphyrs embrasés,
Donnez-nous vos baisers!
vos baisers! vos baisers! Ah!

Belle nuit, ô nuit d'amour,
Souris à nos ivresses,
Nuit plus douce que le jour,
Ô belle nuit d'amour!
Ô belle nuit d'amour!
Ah! Souris à nos ivresses!
Nuit d'amour, ô nuit d'amour!

- Barcarolle from 'Les contes d'Hoffmann' by Offenbach

2009-09-27

O querer da Alma


A alma manda na proporção do querer,
E enquanto não quiser,
Suas ordens não são executadas,
Porque é a vontade que dá a ordem de ser uma vontade
Que nada mais é que ela própria.
Logo, não manda plenamente,
E esta é a razão por que não faz o que manda.
Porque, se estivesse em sua plenitude,
Não mandaria que fosse, porque já seria.

- Santo Agostinho, Confissões

2009-09-25

A mulher perfeita

Certa tarde, conta uma antiga história sufi, Nasrudin tomava chá e conversava com um amigo sobre a vida e o amor.

- Por que você nunca se casou, Nasrudin?, perguntou o amigo.

- Bem, respondeu, Nasrudin, para dizer a verdade, passei toda a minha juventude a procurar a mulher perfeita. No Cairo conheci uma moça linda e inteligente, com olhos que pareciam olivas pretas, mas ela não era muito cortês. Depois, em Bagdá, conheci uma mulher de alma generosa e amiga, mas não tínhamos muitos interesses em comum. Muitas mulheres passaram pela minha vida, mas em cada uma delas faltava alguma coisa, ou alguma coisa estava demais. Então, um dia, eu a conheci. Era linda, inteligente, generosa e bem-educada. Tínhamos tudo em comum. Na verdade, ela era perfeita.

E então, replicou o amigo de Nasrudin, o que aconteceu? Por que você não se casou com ela?.

Pensativo, Nasrudin sorveu mais um gole de chá e concluiu: Infelizmente, parece que ela estava à procura do homem perfeito.

- Da tradição Sufi
- Paulo Coelho - Histórias para os pais, filhos, e netos - Volume I

2009-09-17

Heroes

Where does it come from, this quest, this need to solve life's mysteries when the simplest of questions can never be answered? Why are we here? What is the soul? Why do we dream? Perhaps we'd be better off not looking at all. Not delving, not yearning. But that's not human nature. Not the human heart. That is not why we are here. Yet still we struggle to make a difference, to change the world, to dream of hope; never knowing for certain whom we will meet along the way. Who among the world of strangers will hold our hand, touch our hearts, and share the pain of trying.

We dream of hope, we dream of change, of fire, of love, of death. And then it happens. The dream becomes real and the answer to this quest, this need to solve life's mysteries, finally shows itself like the glowing light of the new dawn. So much struggle for meaning, for purpose, and in the end, we find it only in each other. Our shared experienced in the fantastic and the mundane. The simple human need to find a kindred, to connect, and to know in our hearts that we are not alone.


- Heroes: Volume One: Genesis, T. Kring. Selected monologues.

2009-09-10

Fotografia

Um desejo adiado,
Uma despedida antecipada,
Num dia qualquer.
Um momento de tempo sem tempo,
Levou-o lá,
A um sítio qualquer,
E uma improbabilidade qualquer,
Chamou-o ali,
A esse preciso local,
Nesse preciso instante,
Talvez, só para lhe mostrar aquela Fotografia...

Sorriu para ela com carinho,
Sorriu para a vida com porfia,
Indeciso entre agradecer a oferenda,
Ou disputar o atrevimento que a vida teve,
Em invadir a vida dele.

“O dedo de Deus”,
È esse tocar que sente na alma,
Sempre que a vida lhe mostra uma improbabilidade qualquer.
“Por vezes devemos questionar Deus”,
Foram estas as palavras que leu num livro qualquer,
Que o despiram um pouco mais do véu,
Inerente à sua alma.

A vida comanda todos os corações,
Que ainda usam véus.
Comanda os pensamentos, os caminhos, a felicidade,
Das almas que ainda usam véus.
Prescindir dessa autoridade,
Exige deixar cair esse véu,
Esse véu que também protege,
Esse véu firmado num sitio qualquer,
Por um ser qualquer,
Não por elementos quaisquer,
Mas sim por,
Inocência e Fé!

Prescindir desse véu,
É prescindir do alento,
Que na sua improbabilidade própria,
A vida se manifesta sempre que extirpa um suspiro do coração.

Esse é o preço que têm de pagar,
Todos os que se atrevem a procurar serem livres no coração.
Pelo menos, até que encontrem,
Um outro qualquer véu, mais profundo...

2009-09-01

Envelhecendo


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2009-08-28

Forever Strong



Good decisions don't make life easy, but they do make it easier.

- By Larry Gelwix

2009-08-26

Eclipse

Para todos los jóvenes de corazón,
Que siguen creyendo en el sol y la luna.
Para los jóvenes de vida,
Que creen que las leyendas pueden ser reales.
Para los que todavía no saben que en esta vida,
La noche es más que una luna,
El día es más que un sol.

Not Easily Broken


Descobri que se você quer saber
o propósito de um objeto...
não pode pedir a esse objeto que lhe diga.
Um carro não sabe por que é um carro.
Apenas o fabricante sabe para que o criou.
E acho que é assim conosco e Deus.
Deus não fez simplesmente Dave Johnson
apenas para ser um marido, um treinador, um amigo ou um pai.
Esses são papéis, e não quem eu sou como homem.
Mas eu acho que, às vezes...
ele tem de deixar que a vida nos vire de cabeça para baixo...
para que aprenda-mos a viver de cabeça para cima.

- Do filme: Ponto de Decisão

2009-08-23

Banquete do Amor


Existe uma história sobre os deuses gregos.
Eles estavam entediados, então inventaram os seres humanos.
Mas continuavam entediados, então inventaram o amor.
Então já não estavam mais entediados,
Então decidiram tentar o amor para si mesmos.
E, finalmente, inventaram o riso,
Para que pudessem suportar o amor.

- Do filme: Banquete do amor

2009-08-22

99 Days


[Alfredo told this story to the young man Toto.]

Alfredo: I'll tell you a story. Just for you Toto. Let's sit down. God Almighty!
Once upon a time, a king gave a feast. The most beautiful princesses were there. A soldier who was standing guard saw the king's daughter go by. She was the loveliest one, and he fell instantly in love. But what is a simple soldier next to the daughter of a king? One day he managed to see her and told her he could no longer live without her. The princess was so taken by the depth of his feeling that she said to the soldier:"If you can wait for 100 days and 100 nights under my balcony, I shall be yours." With that, the soldier went and waited one day, two days......then ten, twenty. Each evening the princess looked out and he never moved! Always there, come rain, come thunder. Birds shat on his head, bees stung him, but didn't budge. After 90 nights, he had become all dry and pale. Tears streamed from his eyes. He couldn't hold them back. He didn't even have the strength to sleep. And all that time, the princess watched him. When 99th night came......the soldier stood up, took his chair, and left.

Toto: How come? Right at the end?

Alfredo: Right at the end, Toto. Don't ask me what it means, I don't know. If you figure it out, you tell me.

[Few years later, Toto has learned a bit more about life, and presents his interpretation of the story's ending.]

Toto: Remember the story about the soldier and the princess? Now I understand why the solider left right at the end. In one more night, the princess would have been his. But she also could not possibly have kept her promise. And that would have been too cruel. It would have been killed him. This way, at least, for 99 nights, he was living under the illusion that she was there, waiting for him.

Alfredo: Do as the solider, Toto. Go away.

- From the movie: Cinema Paradiso

2009-08-19

Somos o que sonhamos ser

Somos o que sonhamos ser
E esse sonho, não é tanto uma meta
É mais uma energia.
Cada dia é uma crisálida

Cada dia ilumina uma metamorfose.
Caímos, levantamo-nos
Cada dia a vida começa de novo
A vida é um acto de resistência e de reexistência.
Vivemos, revivemos,
Mas tudo isso deixa memórias

Somos o que recordamos
A memória é o nosso lar nómada
Como as plantas ou as aves migratórias
As lembranças têm a estratégia da luz
Caminham para a frente
Tal como um remador que rema de costas para ver melhor
Há uma dor parecida à dor de dentes
À perda física
E é perder uma recordação que amamos
Essas fotografias imprescindíveis do álbum da vida
Por isso há um tipo de melancolia que não prende
Mas sim que nutre a liberdade
É nessa melancolia como na espuma das ondas
Que se realizam os sonhos.

- Manolo Rivas

Poema original

2009-08-13

Ride

The world is like a ride at an amusement park.
And when you choose to go on it, you think it's real because that's how powerful our minds are.
And the ride goes up and down and round and round.
It has thrills and chills and it's very brightly coloured and it's very loud and it's fun, for a while.
Some people have been on the ride for a long time, and they begin to question:
"Is this real, or is this just a ride?"
And other people have remembered, and they come back to us, they say:
"Hey – don't worry, don't be afraid ever, because this is just a ride."

- Bill Hicks

2009-08-09

Quase

Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.

Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cór, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos “Bom dia”, quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.

Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém,preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.

Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.

- Sarah Westphal Batista da Silva

2009-08-07

A Encruzilhada

O filme Crossroads (1986), conta a história de um jovem estudante, Eugene Martone (interpretado por Ralph Macchio), de música clássica que é apaixonada por blues. Sendo um aficionado por este estilo, descobre que Robert Johnson, famoso tocador de blues, tinha um contrato para gravar 30 músicas, tendo contudo gravado somente 29 até sua morte. Em busca da última música perdida de Robert Johnson, ele ajuda na fuga de Willie Brown (Joe Seneca), um antigo tocador de blues de um asilo-prisão. E assim começam a busca de ambos pela "Encruzilhada", local onde Robert Johnson teria vendido sua alma ao Diabo para se tornar um famoso cantor de blues.

O desfecho do filme dá-se com um glorioso duelo de guitarra entre o jovem estudante de música clássica e o rockeiro do Diabo, Jack Butler (nada menos do que o guitarrista Steve Vai).

- Fonte Wikipedia

A importância do duelo é extrema para Eugene Martone pois se perder, perderá também a sua alma!

Se a peça que ele toca no final não soar estranha, é porque já ouviram o Caprice No. 5, de Peganini.



Perspectiva: Existem duelos entre vozes que por vezes se parecem a este duelo de guitarras... pelo menos até que a melodia mude!

2009-08-06

Evening Solace

The human heart has hidden treasures,
In secret kept, in silence sealed;
­The thoughts, the hopes, the dreams, the pleasures,
Whose charms were broken if revealed.
And days may pass in gay confusion,
And nights in rosy riot fly,
While, lost in Fame's or Wealth's illusion,
The memory of the Past may die.

But, there are hours of lonely musing,
Such as in evening silence come,
When, soft as birds their pinions closing,
The heart's best feelings gather home.
Then in our souls there seems to languish
A tender grief that is not woe;
And thoughts that once wrung groans of anguish,
Now cause but some mild tears to flow.

And feelings, once as strong as passions,
Float softly back­a faded dream;
Our own sharp griefs and wild sensations,
The tale of others' sufferings seem.
Oh ! when the heart is freshly bleeding,
How longs it for that time to be,
When, through the mist of years receding,
Its woes but live in reverie !

And it can dwell on moonlight glimmer,
On evening shade and loneliness;
And, while the sky grows dim and dimmer,
Feel no untold and strange distress­
Only a deeper impulse given
By lonely hour and darkened room,
To solemn thoughts that soar to heaven,
Seeking a life and world to come.

By Charlotte Bronte

2009-08-04

Open your eyes


I know well this breeze that rushes trough my face.
It is calling for me, whispering my eyes to open.
Following its voice my vision awakes,
Only to find myself flying over the seashore.

It’s not strange to me to be flying,
Neither the small pair of wings that sustain me,
But why am I gray?

Absorb with this thought, I stare the ocean.
Is not blue the color I see, but also gray.
Glancing the clouds, that same color is found.
Even the sand in the shore, is painted like the ocean.

It’s not strange to me to be flying,
Not even my vision being carried by this body of a bird,
But why is everything gray?

Lost with this thought, I fall my vision to the sands.
It’s there where I find the first sign of life,
Like distant stars,
Something is sparkling from there.

I rush my wings to those small grains of light,
As I urge to ground the sands,
I start to glimpse what is shining:
Someone left a long trail of glowing footsteps in the sand!

It’s was then, that I realize why everything was gray.
All the colors have followed the one, who walked there,
And a trail of light was left there, for me to know,
Why everything else was colorless.

To say goodbye to my perfect sleep,
That’s why I’m here.
Never learned how to walk the sands,
That’s why I cannot follow it.

But something can…

So I rise to the highs,
Pull two feathers from my wings,
Gently, lay my smile between them,
And with a kiss, whisper them to follow the trail.

As I watch them go, a last glance I take to the oceans of gray.
A last smile I lay to the trail of lights.
While a last thought comes to my mind:
“I’m ready”

It’s then, that this perfect sleep comes alive,
And all those oceans at the same time,
Tenderly, whisper those words:
“Open your eyes”...

2009-07-27

The Perfect Sleep

This is a happy ending, after all.
And the kind of story we've been thinking of
isn't supposed to have a happy ending.
But this is the happiest ending for all of us.
You see, in our own way, she is mine and I am hers.
Perfection and imperfection.
That is why I close my eyes now.
I realize what she has taught me.
An imperfect sleep can be the most perfect one of all.
And now that I have had a perfect sleep
I will finally have a different kind of sleep,
a sleep from which I will never awaken again.

- From the movie: The Perfect Sleep

2009-07-22

Provérbio Persa

No deserto encontrei-me com Deus e ele falou-me sobre os dois maiores erros da humanidade: a pressa ante o tempo e a lentidão ante a oportunidade...

- Provérbio Persa

2009-07-20

Pensamento

Diz-me quem amas, dir-te-ei quem és...

2009-07-16

O outro lado da Luz

- Não que me interesse, mas onde vais desta vez?

+ Para o outro lado da luz!

- Para o outro lado da luz? Que parvoíce estas a dizer!

+ Tu és a luz, e eu vou para o outro lado.

- Hum… para o outro lado de mim, para o outro lado da luz! Estás a inventar novamente não estás?

+ Não. Na verdade estou muito lúcido, como me ajudaste descobri que talvez pelo outro lado da luz consiga chegar lá!

- Estou a ver, piraste mesmo de vez! (Suave mas intenso abrir do olhar) EU… não tenho Lados, Eu sou Eu! (Franzir de sobrancelhas) Da mesma forma que a luz não tem lados, ou existe ou não!

+ Talvez, mas tenho de tentar encontrar o outro lado!

- Bem tu lá sabes, tu és livre de fazer o que quiseres, de ir para onde quiseres, se é isso o que queres então vai.

+ Pronto.. cheguei.

- Chegaste? Chegaste onde? (Em pensamento: IRRA) Estás a dizer coisas sem nexo, e sem nenhum sentido, já reparaste?

+ É verdade que sou um pouco aluado, e por vezes um pouco lento, mas de alguma forma errante não deixo de perseguir o que aspiro.

- (Suspiro entediado… mental) Tu és como és, e se achas que chegaste onde aspiras então fico muito feliz por ti, mas agora quem tem que ir sou eu, pois tenho muito que fazer.

+ E não queres saber onde cheguei?

- (Suspiro arreliado… não verbal) Já sei, já me disseste, chegaste ao outro lado de mim, ou ao outro lado da luz, ou onde quer que seja, mas a verdade é que continuas aqui a estragar-me a beleza!

+ Hum…

- HUM, o raio… já estou a perder a paciência, e já começo a ficar atrasada. Tenho de ir… beijo.

+ Pronto, deixa-me só dizer isto…

- (Grito mental: NÃOOOOOOOO)… (Com voz paciente) Diz!

+ Tu és como a luz, iluminas tudo ao teu redor, iluminaste a ti própria, iluminas o teu caminho, iluminas o teu futuro, iluminas inclusive a minha luz, e como a tua é mais forte… eu, desapareço.

+ Eu gosto da tua luz, quero acompanha-la, mas para isso sei que tens de me ver, e para conseguir isso saltei para o outro lado da tua luz, o lado que está encoberto pelas lágrimas que deixaste cair ao longo da vida.

+ Sei que é quase impossível iluminar esse lado, pois até o encoberto das tuas lágrimas é resplandecente, mas como Adoro a tua luz, não consigo evitar de o tentar.

+ Beijo, agora já podes ir… Luz!

2009-07-15

{ Adeus Miguel }


Miguel, amigo e colega de trabalho respirou ontem pela última vez. Passaram 14 horas e 33 minutos desde de que soube da triste notícia, e desde então os meus pensamentos procuram determinar o que não está a funcionar correctamente na minha mente, pois revê com total clareza de som e imagem os episódios de conversas recentes que tivemos, mas de alguma forma esses episódios assemelham-se mais a sonhos, pois algo oculta a presença dele, tal como acontece nos sonhos, em que pessoas aparecem e desaparecem como se de magia se tratasse, e assim fico com a sensação de ser um passivo espectador de algo que não consigo definir.

O Miguel era acima de tudo um lutador, e por acréscimo um motivador, um líder, um bom profissional, conselheiro, desafiador, persistente, por norma sempre acompanhado de boa disposição apesar do grande stress que sempre o rodeava, brincalhão, e é claro um bom amigo. Era também um filho, um marido e um pai.

Recordo das últimas conversas que tivemos, de me dizer que costumava ser dos primeiros a chegar às empresas (apesar de eu saber que se podia dar ao luxo de chegar mais tarde), das horas tardias que as costumava deixar, de preparar trabalho à noite, de como tinha a preocupação diária de conciliar tudo isso para ter sempre tempo para estar com o filho e com a mulher.

Recordo bem do último jantar de negócios que tivemos, em que no final e a sorrir reforçou o que mais o motivava, o que era mais importante para ele: o filho.

Recordo como de uma forma simples me elucidou sobre o que é um amor de pai, foi com estas palavras:

Se a minha mulher cair no meio da estrada e eu vir um carro a ir contra ela, eu (nesta altura ele encolhe os ombros e abre bem o olhar) atiro-me para a frente do carro, que mais poderia eu fazer? (enquanto olha para mim com olhar interrogativo)!… Mas, se o mesmo acontecesse ao meu filho (e aqui cerra os olhos, e toma uma postura de investida) eu não sei como, mas sei que vou conseguir parar aquele carro!

Percebes? (Perguntou ele no final). Sorri, enquanto automaticamente saiu de mim um gesto afirmativo, ao mesmo tempo pensava: Sim Miguel, acho que entendo.

A minha vida transportará sempre partes da tua, assim como a saudade de ti.
As minhas orações estarão com aqueles que amas.

Morreu contra camião na A7
112 não atendeu chamada urgente

2009-07-13

Viagem


Respirar, é com este instintivo acto natural que iniciamos o viver neste mundo, é deste simples acto que dependera a longevidade da nossa estadia. Ao nascer já estamos munidos de alguns sentidos, como o tacto, o olfacto o que nos permitiu reconhecer de forma imediata o cheiro tranquilizante da mãe, o ouvir que nos permitiu identificar a voz dos pais, assim como o sentido de paladar. Após algum tempo em que os olhitos do pequeno bebé vagueiam errantemente perante tudo o que lhe aparece à frente, aprendem a focar, e com um olhar desmedido começam a ter as primeiras percepções visuais do mundo que o rodeia. Após passar pela fase de rastejar, de gatinhar, de cair muitas vezes, aprende com passos iniciais muito trémulos a caminhar.

Com o passar do tempo cada sentido passará por evoluções significativas, o tacto aprenderá a reconhecer diferentes superfícies, os diferentes tipos de calor humano que estão em cada toque de mão, em cada abraço em cada beijo, o olfacto aprenderá a reconhecer imensos aromas diferentes, a capacidade de ouvir também sofrerá imensas alterações, pois o som é de alguma forma omnipresente neste mundo, seja proveniente de pessoas, animais ou outros seres, seja da natureza, a capacidade de ouvir no seu limite conseguirá entender a voz do silencio.

O limite que cada uma dessas formas de sentir parece difícil de definir, pois existem pessoas que pouco evoluíram esses sentidos além do básico, existem outras que podem passar anos sem qualquer evolução e de um momento para o outro podem aprender por eles próprios ou por alguém uma nova forma de ver, de ouvir, de sentir ou de se expressar fisicamente que poderá alterar significativamente a sua forma de ver o mundo e de viver, por ultimo existem as pessoas que estão constantemente a testar os limites dos seus sentidos, e são esses os que melhor sabem que após uma vida inteira de aprendizagem ainda teriam muito para aprender.

E o Amar! Em que molde esta forma de sentir no coração se coaduna com os outros “sentires”? De que forma a evolução deste "sentir" se concilia com os outros? É inato? Aprende-se? Evolui? Muda? Ou simplesmente é algo que está lá, para se sentir ou não? Pondo de parte o amar maternal, o senso comum aponta um inicio, parece dizer que existem muitos factores que fazem despertar este sentimento, assim como existem outros tantos que o fazem adormecer. Além deste facto o amar tem outra característica, é composto por várias dualidades: entre o que se sente e o que se transmite, entre o que dá e o que recebe, entre o que é e o que é esperado que seja, entre o que muda e o que mantém inalterado.

O que o torna diferente dos outros “sentires”, é o facto de ser um sentir que começa num ser e termina num outro ser. Esta particularidade torna-o mais exigente de gerir, precisamente porque abrange dois seres. Para que atinja a sua plenitude não basta que seja suficiente para um, tem de o ser para dois, e é também por este facto que por vezes ele adormece apesar da força que sente em despertar para a vida.

O que faz alguém quando descobre que está a deixar de ver? De ouvir? Ou de sentir paladar? A resposta parece obvia: começa por ir a um médico, e no seguimento disso vai fazer Tudo o possível para evitar esse mal. E o que fazer quando se está a deixar o amor adormecer? Aqui a resposta já não parece tão óbvia, pois a solução encontra-se algures na sintonia das dualidades que o compõem, ou seja: torna-se necessário ajustar o que está bem para um, de forma a que fique bem para os dois. Por vezes isto é facilmente alcançável, por vezes difícil e outras, mesmo impossível, seja como for, a única forma possível para descobrir qual delas é… é não deixar de procurar até que se tenha a certeza. O consenso parece existir unicamente no `Tudo`.

Para que isso se concretize é essencial que ambos Queiram, é essencial que ambos Comuniquem, é essencial que ambos Amem, pois Amar não é o destino, Amar... nasce, aprende-se, manifesta-se, cresce, transforma-se, evolui, atinge a sua plenitude na Viagem
                                                    "Desses Dois"
através de todos os obstáculos da vida!

Aos loucos que ainda acreditam no Amor Puro, e aos lúcidos que sabem da dificuldade em o alcançar, desejo perseverança, pois o Amor também tem esta dualidade: a da loucura e da lucidez.

2009-07-12

Uma Semana

Quando temos aqueles
raros momentos de clareza
aqueles instantes em
que o universo faz sentido
tentamos desesperadamente
agarrarmo-nos a eles.
Eles são os barcos salva-vidas
para os tempos mais escuros
aquando da vastidão de tudo isso,
a natureza incompreensível da vida
nos escapa por completo.

Então a questão torna-se,
ou deveria tê-lo sido sempre:
o que fariam se soubessem
que tinham apenas um dia,
ou uma semana,
ou um mês de vida?
A que barco salva-vidas
se agarrariam?
Que segredo contariam?
Que banda iriam ver?
A que pessoa
declarariam o vosso amor?
Que desejo realizariam?
A que local exótico
viajariam para tomar um café?
Que livro escreveriam?


- Do filme: Uma Semana

2009-07-09

Vida

2009-07-06

Flores Raras


Conta-se que havia uma jovem que tinha tudo, um marido maravilhoso, filhos perfeitos, um emprego que lhe rendia um bom salário e uma família unida.

O problema é que ela não conseguia conciliar tudo. O trabalho e os afazeres lhe ocupavam quase todo tempo e ela estava sempre em débito em alguma área. Se o trabalho lhe consumia tempo demais, ela tirava dos filhos, se surgiam imprevistos, ela deixava de lado o marido...

E assim, as pessoas que ela amava eram deixadas para depois até que um dia, seu pai, um homem muito sábio, lhe deu um presente:

Uma flor muito rara, da qual só havia um exemplar em todo o mundo.

O pai lhe entregou o vaso com a flor e lhe disse: filha, esta flor vai lhe ajudar muito mais do que você imagina!

Você terá apenas que regá-la e podá-la de vez em quando, e, às vezes, conversar um pouquinho com ela. Se assim fizer, ela enfeitará sua casa e lhe dará em troca esse perfume maravilhoso. A jovem ficou muito emocionada, afinal a flor era de uma beleza sem igual.

Mas o tempo foi passando, os problemas surgiam, o trabalho consumia todo o seu tempo, e a sua vida, que continuava confusa, não lhe permitia cuidar da flor.

Ela chegava em casa, e as flores ainda estavam lá, não mostravam sinal de fraqueza ou morte, apenas estavam lá, lindas, perfumadas. Então ela passava directo.

Até que um dia, sem mais nem menos, a flor morreu. Ela chegou em casa e levou um susto!

A planta, antes exuberante, estava completamente morta, suas raízes estavam ressecadas, suas flores murchas e as folhas amareladas.

A jovem chorou muito, e contou ao pai o que havia acontecido.

Seu pai então respondeu: eu já imaginava que isso aconteceria, e, infelizmente, não posso lhe dar outra flor, porque não existe outra igual a essa. Ela era única, assim como seus filhos, seu marido e sua família.

Todos são bênçãos que o senhor lhe deu, mas você tem que aprender a regá-los, podá-los e dar atenção a eles, pois assim como a flor, os sentimentos também morrem.

Você se acostumou a ver a flor sempre lá, sempre viçosa, sempre perfumada, e se esqueceu de cuidar dela.

Por fim, o pai amoroso e sábio concluiu:

Filha! Cuide das pessoas que você ama!

- Texto retirado da internet

2009-07-03

A jarra e a garrafa


Pego na jarra que contem a água que sobrou do jantar, preparo-me para a passar para uma garrafa para a levar comigo. Com a outra mão seguro a garrafa e com os braços suspensos faço dirigir a água da jarra para a garrafa. A abertura da jarra é pequena e muito lentamente a água desliza para o seu novo destino que se encontra dentro da garrafa.

“Isto vai demorar uma eternidade”, penso para mim enquanto assisto ao vagaroso deslize das gotas.

O olhar continua concentrado no pequeno fio de água que passa de um invólucro para o outro, da mesma forma que o meu pensamento também o faz: “Quando encho a garrafa da torneira tudo acontece muito rapidamente… esta lentidão está a fazer-me perder a paciência, tenho coisas mais importantes para fazer, e estar a olhar para água a arrastar-se não é uma delas”!

Quando estou prestes a desistir, reparo que a jarra já esta quase vazia, se aguentar um pouco mais terei conseguido chegar ao fim. É então que ao deslizar das últimas gotas percebo a importância daquele simples momento, é o facto de estar parado com os braços suspensos no ar que está a permitir o movimento da água, e então descubro como por vezes o agir é ficar imóvel, é saber esperar, que as gotas da vida cheguem ao seu destino.

2009-06-22

Caminhando

Nem sempre sabemos para onde caminhamos,
Nem sempre sabemos para onde queremos caminhar,
Nem sempre temos a certeza…
Da razão de estarmos num determinado caminho.

Por vezes descobrimos para onde queremos caminhar,
Por vezes sabemos o caminho a seguir,
Por vezes temos a certeza…
De saber o caminho que escolhemos.

A vida tem tantos destinos quantos os que se desejem,
Para qualquer um desses destinos mostra muitos caminhos,
Disponibiliza pontes entre eles, permite usar da experiência,
Para constantemente procurar melhores rumos.

Quando se sabe para onde se caminha,
As coincidências deixam de existir,
Passam a existir oportunidades,
Para nos aproximar do que se deseja.

Este conhecimento nem sempre existe,
Mas aprende-se, ao persistir nos caminhos,
Que nos aproximam do destino determinado.

Por vezes sabemos ler os sinais para lá chegar,
Por vezes precisamos de um pouco de orientação!

2009-06-19

Tubarão no tanque

Os japoneses sempre adoraram peixe fresco. Porém, as águas perto do Japão não produzem muitos peixes há décadas. Assim, para alimentar a sua população os japoneses aumentaram o tamanho dos navios pesqueiros e começaram a pescar mais longe do que nunca. Quanto mais longe os pescadores iam, mais tempo levava para o peixe chegar. Se a viagem de volta levasse mais do que alguns dias, o peixe já não era mais fresco. Logo, os japoneses não gostaram do gosto destes peixes.

Para resolver este problema as empresas de pesca instalaram congeladores em seus barcos. Eles pescavam e congelavam os peixes em alto-mar. Os congeladores permitiram que os pesqueiros fossem mais longe e ficassem em alto mar por muito mais tempo. Os japoneses conseguiram notar a diferença entre peixe fresco e peixe congelado e, é claro, eles não gostaram do peixe congelado.

Dessa forma o peixe congelado tornou os preços mais baixos. Então, as empresas de pesca instalaram tanques de peixe nos navios pesqueiros. Eles podiam pescar e enfiar esses peixes nos tanques “como sardinhas”. Depois de certo tempo, pela falta de espaço, eles paravam de se debater, ou seja, não se moviam mais. Eles chegavam vivos, porém cansados e abatidos.

Infelizmente, os japoneses ainda podiam notar a diferença do gosto. Por não se mexerem por dias, os peixes perdiam o gosto de frescor. Os consumidores japoneses preferiam o gosto de peixe fresco e não o gosto de peixe apático.

Como os japoneses resolveram este problema? Como eles conseguiram trazer ao Japão peixes com gosto de puro frescor? Se você estivesse dando consultoria para a empresa de pesca, o que você recomendaria?

Antes da resposta, leia o que vem abaixo:

Quando as pessoas atingem seus objetivos, tais como, quando encontram uma namorada maravilhosa, quando começam com sucesso numa empresa nova, quando pagam todas as suas dívidas ou o que quer que seja, elas podem perder as suas paixões. Elas podem começar a pensar que não precisam mais trabalhar tanto, então, relaxam. Elas passam pelo mesmo problema que o ganhador de loteria que gasta todo seu dinheiro. O mesmo problema de herdeiros que nunca crescem e de donas-de-casa, entediadas, que ficam dependentes de remédios de tarja preta.

Para esses problemas, inclusive no caso dos peixes dos japoneses, a solução é bem simples.

O homem progride, estranhamente, somente perante um ambiente desafiador.

Quanto mais inteligente, persistente e competitivo você é, mais você gosta de um bom problema. Ao conquistar esses desafios, você fica muito feliz.

Você pensa em seus desafios e se sente com mais energia. Você fica excitado e com vontade de tentar novas soluções. Você se diverte. Você fica vivo!

Para conservar o gosto de peixe fresco, as empresas de pesca japonesas ainda colocam os peixes dentro de tanques, nos seus barcos, mas, elas também adicionam um pequeno tubarão em cada tanque. O tubarão come alguns peixes, mas a maioria dos peixes chega “muito viva” e fresca no desembarque.

Tudo porque os peixes são desafiados lá nos tanques.

Portanto, como norma de vida, ao invés de evitar desafios, pule dentro deles. Massacre-os. Curta o jogo. Se seus desafios são muito grandes e numerosos, não desista. Se reorganize! Busque mais determinação, mais conhecimento e mais ajuda.

Se você alcançou seus objetivos, coloque objetivos maiores. Uma vez que suas necessidades pessoais ou familiares forem atingidas, vá de encontro aos objetivos do seu grupo, da sociedade e, até mesmo, da humanidade. Crie seu sucesso pessoal e não se acomode nele. Você tem recursos, habilidades e destrezas para fazer a diferença.

Ponha um tubarão no seu tanque e veja quão longe você realmente pode chegar

- Texto retirado da internet

2009-06-17

Days

Some days are just too slow to depart,
Usually those where your face is far.
Some, simple rush trough me,
Mostly when your smile is near.

2009-06-16

Seems so easy sometimes...

Some time ago, at the Seattle Olympics, nine athletes, all mentally or physically challenged, were standing on the start line for the 100 m race. The gun fired and the race began. Not everyone was running, but everyone wanted to participate and win. They ran in threes, a boy tripped and fell, did a few somersaults and started crying. The other eight heard him crying. They slowed down and looked behind them. They stopped and came back... All of them...A girl with Down's Syndrome sat down next to him, hugged him and asked, "Feeling better now?" Then, all nine walked shoulder to shoulder to the finish line.
The whole crowd stood up and applauded.
And the applause lasted a very long time...

Supere-se

2009-06-05

Encontro

O céu estava nublado, parecia reflectir o firmamento do seu espírito.
O bater do tempo irrequieto, acompanhava a fluência dos seus pensamentos.
A temperatura casual, incerta como o bater do seu coração.
O dia repleto de mistérios, à semelhança do meditar da sua alma.

Por uns instantes tudo parou uma vez mais.
Parou no instante que ele a viu chegar.
As nuvens continuavam penduradas no céu,
Mas agora, ele conseguia ver através delas.

Ela olhou para ele,
E o incerto bater do tempo parou uma vez mais.
Pelo som do seu coração,
O bater do tempo recomeçou, agora em harmonia.

Caminhou até ele e abraçou-o,
E beijou-o.
E ele sentiu como a energia do seu ser,
Ascendeu ao calor de um pequeno sol.

Ela sorriu e disse: “Olá”!
E nesse instante todos os mistérios desapareçam.
Uma vez mais ele chegou ao limbo:
Entre a terra e o céu,
A saudade e a felicidade,
O sonho e a vida,
Ele e Ela.

Gibran's words

No human relation gives one possession in another
- every two souls are absolutely different.
In friendship or in love, the two side by side raise hands together to find what one cannot reach alone.

- Gibran's words

2009-06-04

Moving (III)

Determined, I look inside myself for all the colors that have always painting my feelings with the most vivid lights of life, the colors that keep repaint my heart everyday with images of her.

Unwavering, I search inside myself for the brushes that are spread all over me, the same ones that she uses to color my life with her feelings.

Unhesitating I call the annoyed Sun, today is face is gray.

- I need to repaint you! I say.

Surprised by my voice, he speaks: - You again? And again insisting in repainting me! Haven’t I already told you that is not on me that her smile lives?

I humbly replay: - I know, that’s why I want to repaint you! If you can’t shine I know that her smile on you, will.

Confused by my words, but with understanding for my feelings by the sight of all the vivid shining Suns that he sees painted on my heart by Her, he says:

- You have just done it.

2009-06-03

It's True

If you feel this, then probably you Love a Woman!



2009-05-29

Happy Birthday Dear

Took a little more time to get here, but I know that you don’t mind, you know that I didn’t write it before because… I was feeling it.



Some more than another,
But there are those days always happier.
Sometimes more than another,
But there are those hearts Always Extraordinary.
Some more than another,
But there are lives that always bright stronger.
Everyday with you is Happier,
Every heart close to you rises in Enhancement,
Every life touched by you gets Brighter.

2009-05-27

Moving (II)

I’m back to my window. I notice that the trees are quieter and the clouds are gone. Today it’s me who asks: - Why don’t you move? Was it a dream the day I’ve lived with you yesterday? This heavy weight on my heart tells me that is not so, it was real.

Without moving I face the clear wide blue sky, the same way that he without moving gently looks back at me, as if asking: - What is that you want from me today?

- I need to repaint you! I say.

Smiling, he speaks: - Repainting me? What do you mean?

I humbly reply: - Her smile is all over your greatness, and today I need your help to hide it, so I could miss her a little less.

Almost laughing by my words, but with tenderness for my feelings he says: - You can repaint me as many times as you need, but that won’t take her smile from me... is not on me that her smile lives, I’m just showing you the wideness of her smile that is spread in your heart.

2009-05-26

Moving

I have a wonderful view from a small openness on my window. I see how the top of some trees gently move at the touch of this delicate breeze that today seems to touch the same way my soul. I see how these trees seem to be waving to the clouds high above, and how those white clouds gently move across this shining blue sky, the same blue sky that today seems to be speaking to me, by asking: - Why don’t you move to?

He’s right, I’m immobile and I know why, but that was not the question, the question is “Why don’t I move?”

I check my certainties and they are set. I check my fears, and they are set to, except for a lonely one that I’m gone leave for last. Finally I check my heart, and by the certainty of its simple smile, I know that he also is set to go. So, why I’m not moving? I find once again that only lonely fear: Leaving her heart behind!

I check her certainties, they seem to be set to her, they seem to vary to me. I check her fears, I’ve found some, and in despite of trying to be at her side fighting them, that chance as never been giving to me, they are her fears, I suppose that is her belief that are hers to be taking care. Finally I check her heart, and by the certainty of it’s beautiful smile, I feel that is set to go, but the answer to the question: - Why don’t you move?, is nothing more than a sad smile…

“The heart knows what the heart wants”, and when he's heard, no uncertainty no fear will prevent it from moving, it feels that urgency in letting it flow, and there is nothing that it can do about it to stop it. Every heart that as ever truly loved knows this.

I know this… How well I know this, and after finding out that everything that was mine to give was given, that there’s nothing more that one heart alone can do, I’ve made my peace with mine, no more reasons are found to be frozen, that’s why I must leave my lonely fear behind and start moving again!

2009-05-25

O velhote (VI)

Lado a lado, de mãos dadas iniciaram a caminhada até ao lago, a distância era pequena, mas transformada numa pequena maratona pela solidez da idade que cada um deles carregava, no entanto eles não sentiam esse peso, pois a ajuda-los tinham um par de asas que aliviava qualquer peso que algum deles pudesse sentir, eram as asas feitas daquele material que nenhum homem por mais inteligente que fosse conseguia reproduzir, que nenhuma mulher por maior que fosse o seu coração conseguiria perpetuar, as asas eram feitas daquele material enigmático que só ganha vida pelo acto de fé que existe entre corações que só parecem ter vida se dividirem os batimentos.

Enquanto caminham ela diz: - Diz-me! (Com o tempo ela aprendeu a fazer perguntas! Isto não é nada de extraordinário em qualquer relacionamento, não é nada de estranho em qualquer relação recente, mas o tempo… o tempo parece apagar a importância das perguntas, o tempo parece fazer acreditar que já se sabe tudo, que já não há mais nada para descobrir, o tempo encontra sempre forma de testar qualquer relacionamento na quantidade de perguntas que se mantém ou diminui, quando se continua a perguntar, continua-se a acreditar, quando se deixa de perguntar a ausência de progressão estabelece-se).

- Lembraste há muitos anos atrás, de me dizeres que já não precisavas de mim? Que tinhas aprendido a viver sem mim, mas que tinhas optado por continuar a amar-me, que era essa a tua vontade. Como é possível, amares-me tanto e não precisares de mim? Perguntou ela.

Tinha sido verdade, ele tinha dito essas palavras, e embora não parecessem fazer sentido ele sabia que eram verdadeiras, e embora não fosse fácil, tinha de tentar mostrar-lhe o que significavam. Então ele disse: -Existem muitas razões para se amar alguém, e uma delas passa pela “necessidade”… a necessidade de sentir amor no coração, esse vazio em geral é sempre preenchido por alguém, pela necessidade de sentir que existe um sentido para esta vida, ter alguém ao lado que nos faça sentir especiais dá outro sentido à vida, pela necessidade que temos de partilhar, pela necessidade de um abraço, pela necessidade se sentir o calor de outro corpo, pela necessidade de combater a solidão, pela necessidade segurar a mão de alguém sempre que algum tipo de medo ensombra a vida… ter alguém que preencha estas necessidades é o que consciente ou inconsciente nos faz amar esse alguém, é a tendência natural, amarmos quem nos ama, amar quem fica ao nosso lado. Eu aprendi a prescindir destas necessidades para puder continuar a amar-te, como não estavas a meu lado, tive de prescindir de precisar de ti, para puder continuar a amar-te...

Lembras-te daquela frase que um dia li e que me fez alguma confusão “Não se troca o amor pela pessoa amada”?

- Sim. Responde ela. Então ele continua: - Não sei se a percebes bem, o que esta frase diz é que muitos corações desistem do amor para conseguirem continuar a amar “uma determinada pessoa”, aquela pessoa que dá conforto à maioria das necessidades que têm. Eu não troquei, eu optei por manter os dois, o Amor e continuar a Amar-te, mas para isso tive que aprender a não precisar de ti. Preferi continuar a sentir o Amor e a sentir-te a Ti.

2009-05-24

2009-05-22

2009-05-19

Perguntei a um sábio


Perguntei a um sábio,
a diferença que havia
entre amor e amizade,
ele me disse essa verdade...
O Amor é mais sensível,
a Amizade mais segura.
O Amor nos dá asas,
a Amizade o chão.
No Amor há mais carinho,
na Amizade compreensão.
O Amor é plantado
e com carinho cultivado,
a Amizade vem faceira,
e com troca de alegria e tristeza,
torna-se uma grande e querida
companheira.
Mas quando o Amor é sincero
ele vem com um grande amigo,
e quando a Amizade é concreta,
ela é cheia de amor e carinho.
Quando se tem um amigo
ou uma grande paixão,
ambos sentimentos coexistem
dentro do seu coração.

- William Shakespeare

2009-05-12

Gibran's words


Demonstration of love are small,
Compared with the great thing that is back of them.

-(Gibran's words quoted from Mary Haskell's journal dated 28th April 1922)

2009-05-11

O velhote (V)

Tem as mãos doridas pelo peso do tempo, e sabe que ela também, no entanto não resiste a procurar a mão dela enquanto abre a porta para o jardim, para o próximo passeio que estão prestes a empreender, para mais um momento de vida que sabe que está prestes a saborear. Momento de vida, pois ela é o relógio dele, quando ela não está o tempo surge na sua forma mais normal, tic-tac, tic-tac, esteja ele onde estiver, é a dizer tic-tac que a vida fala com ele.

Momento de vida, sempre que ela está, pois o tempo pára… Pára como aconteceu no momento em que nascemos, parou para todos aqueles que nos esperavam, que nos amaram ainda mesmo antes de terem visto a nossa face; pára como irá a acontecer no momento em que morrermos e todos os que nos amam estarão lá para dizer adeus; pára como acontece de cada vez que um coração descobre que está apaixonado; pára como acontece em todos os momentos que existe um abraço repleto de amor entre dois serem que sabem que vão estar separados pelo indeterminismo do tempo; pára como acontece no momento de ansiedade que antecede a separação desses dois seres… na verdade o tempo continua a passar, é a vida que pára por uns instantes!

Momento de vida, sempre que ela está, pois agora é o tempo que pára e a vida que segue, deixa de existir o antes, o depois, o ontem ou o amanhã, o tempo é vivido como se fosse um único instante, como se a vida fosse aquele único instante, o instante que é vivido junto a ela, seja por um segundo ou por uma vida, não existe distinção! O tempo não tem o peso da distância dos seus instantes, mas sim da intensidade das emoções que proporciona em cada instante. Junto a ela cada instante, era uma vida!

Tem as mãos bastante doridas pelo peso do tempo, mas como sabe que ele gosta de sentir o toque dela, põe de lado uma vez mais as dores e acede em dar-lhe a mão com a mesma delicadeza que o fez muitos anos atrás, pela primeira vez. Um simples “dar as mãos”, ele sempre banalizou este simples gesto, nunca percebeu a importância de outras mãos que procuraram a dele davam aquele simples gesto, até sentir a necessidade na sua mão de sentir a dela. Só com ela ele percebeu, aquele simples gesto, é mais que um simples toque de pele, é agora um toque de alma, um toque de coração, um abraço constante, um aconchego indescritível, uma harmonia total e completa entre todos os pequenos pedaços que constituíam o seu mundo, é um desprendimento total e completo de tudo o que não é paz, é um condensar nesse gesto a certeza de que se está onde se deveria estar, a fazer o que se deveria estar a fazer, com quem se deveria estar... é o estar presente no aqui e no agora!

Ambos doridos nas mãos, ele com mais algumas dores de costas e a ficar com falta de ar pelo esforço que tem de fazer para abrir a porta, recebe a ajuda dela, e dessa forma, juntos conseguem mais essa pequena façanha, o caminho está agora aberto, e com um sorriso ela diz:
- Vamos?
Ao qual ele responde com um brilho nos olhos:
- Sempre!

2009-05-07

O velhote (IV)


Uma suave brisa que deixa o mar para atravessar infindáveis campos de feno, sem lhes tocar dá vida a esses campos. Era assim que ela caminhava para ele, era assim que ela atravessava aqueles mantos de robes, era dessa forma que uma vez mais ela conseguia deixar um rasto de vida por onde passava… e toda essa vida dirigia-se para ele (“atenção às palpitações”, pensava ele para sí).

– Demoraste muito! Diz ela a sorrir. – Só o instante que te perdi de vista! Responde ele também a sorrir enquanto pensa (“se tu soubesses… que nesse pequeno instante esbarrarei contra os peitos da robusta enfermeira, que te perdi para te encontrar logo de seguida, que por ti tinha conseguido ver uma vez mais como a vida me sorria, e que a contagem do número de vezes que me apaixonei novamente tinha aumentado em duas”), mas não valia a pena estar a dizer-lhe aquelas banalidades. Sim banalidades, pois o caminho de regresso a ela, nunca tinha sido uma questão de ser difícil ou fácil, longo ou breve, era simplesmente o caminho que ele fazia porque tinha de ser feito, porque só nele ele se encontrava, só na procura dela é que ele se descobria.

Estavam novamente juntos, estava novamente completo, e para ter a certeza que não sonhava, não conseguiu impedir um carinhoso beijo nos lábios dela.

2009-05-05

O velhote (III)


Caminha agora com toda a calma, sem pressas, pois embora não a esteja a ver consegue sentir em cada átomo do seu corpo a vida que naquele momento existe naquela sala, a vida que sabe brotar dela. Procura posicionar-se no horizonte de vista dela, para que saiba que ele chegou, que a aguarda. Através daqueles arco-íris de robes, os olhares de ambos conseguem encontrar-se, e sem que ninguém perceba pois ela tem também o talento de emanar diferentes emoções para várias pessoas ao mesmo tempo, os olhos dela iluminam-se para ele, e por uns instantes todas as dores do corpo desaparecem, todas as pequenas preocupações são reduzidas a nada, e ainda a saborear as ondas de se ter apaixonado uma vez mais por ela, há uns instantes atrás, sabe que uma nova vaga dessas ondas está a caminho.

Imóvel, junto à porta que os levará até ao lago ele observa como a improbabilidade da vida se revela uma vez mais. É para um grupo de idosos que olha, mas o que vê são jovens corações a pular de vida, como se uma qualquer alma bondosa estivesse a distribuir doces a crianças que raramente sentiram o seu sabor. A vida é extraordinária, ela é extraordinariamente linda, e ele um abençoada por através dela conseguir ver os sorrisos que a vida insiste em mostrar, todos os dias, das mais variadas formas, a quem tiver aberto o coração para os ver.

Ele nota que não está a ser fácil para ela fazer com que a deixem ir… ter com ele, e por uns instantes observa algumas das bengalas que abundam naquela sala, e começa a imaginar o que aconteceria se ele as usasse para abrir caminho… mas não, essa não era a forma dele ser, nunca o foi. Ele nunca se impôs, nunca quis impor nada na vida dela, ele amava-a da forma que melhor sabia, da única forma que sabia que se deixaria amar, “pelo significado da palavra em si”, amar porque é isso o que o coração deseja, sem imposições, sem medos, sem comparações, sem projecções, sem restrições, sem orgulhos, sem vaidades, sem impaciência, sem ciúme, sem mentiras, sem mas de qualquer espécie e mesmo sem retribuição, pois ele senil como por vezes parece ser, continua a acreditar que o amar existe por si só, transcende a necessidade de ser amado. Mas qualquer destes argumentos está a mais, pois amá-la é algo que ele sempre fez naturalmente, como que se não existisse qualquer alternativa, como respirar… sim, a vida uma vez mais mostra a sua face, era tão simples como isso, respirar e amá-la, foi o que ele sempre mais precisou para viver!

2009-05-03

O velhote (II)

Após revirar o quarto à procura da pantufa certa, ele lá a encontra, e agora todo equipado com robe e pantufas da mesma tonalidade, não perde mais um segundo, imediatamente inicia a volta para junto dela numa “Marcha atlética” (um correr sem correr). Sorri para si mesmo pois está a conseguir manter um bom ritmo, em trinta segundos já chegou a metade do percurso, mais trinta e chegará à sua meta, ao seu destino, ao seu lar, chegaria a ela. “Ela”, essa palavra sempre foi o suficiente para ele em todos os momentos decisivos, “Ela”, essa palavra sempre esteve com ele de uma forma ou de outra no caminhar diário pela vida, assim como estava prestes a estar naquele preciso momento, pois um instante de distracção com “Ela” e foi o suficiente para tropeçar numa das pantufas, o que o fez cambalear ao longo de três passos directo para os braços da nova enfermeira. Sorte de ambos, ela tinha tanto de simpatia como de robustez. Ela tinha chegado há uma semana, ainda não o conhecia, ainda não conhecia a paixão dele por “Ela”, a única coisa que a enfermeira tinha reparado é que ele andava sempre a correr, e após este choque com ela, e depois de o ajudar a recompor a simpática enfermeira diz-lhe calmamente: - Tenho reparado que você anda sempre a correr, se calhar seria melhor não beber tantos líquidos, assim não teria de correr tantas vezes para o WC! Ele tenta conciliar o pensamento de amaldiçoar uma vez mais o raio da pantufa, com os 43 segundos que acabou de perder, com um: - Claro, claro, que devolve à simpática enfermeira, não tem tempo para lhe explicar que não é para o WC que corre, mas sim para algo mais importante, o seu mundo!

Para não correr mais riscos, para não perder mais um segundo desnecessariamente, procura inspirar-se no caminhar dela, calmo, altivo, atento, constante, que sempre a levou até onde ela sempre quis. Resultou e eis que finalmente chega à sala comum. Por uns instantes o seu coração sofre novamente uma alteração cardíaca, desta vez não por a ver, mas sim por a não ver. Tirando um grupo de idosos que parece muito animado num canto da sala, ela não está! Ele já passou por isto muitas vezes, de correr para ela e quando lá chega ela não está, ele aprendeu a encontra-la, ele sabe que tem de fechar os olhos, sabe que para a encontrar tem de sentir onde ela se encontra.

Por vezes a vida parece revela-se inexplicavelmente simples, por vezes deixa-se ver sem qualquer tipo de mistério, a todos aqueles que sabem o que procuram e como o devem procurar.

Mal ele fechou os olhos, soube onde ela estava, soube que ela continua onde sempre esteve, perto dele. Era tão óbvio, ela estava ali mesmo, naquela mesma sala… ela era o centro de atenção daquele entusiástico grupo de idosos, devia ter percebido logo, um grupo animado daqueles é coisa rara naquele sítio. Ele continuava a não conseguir vê-la pois existiam pessoas entre eles, mas sabia que era ali que estava, bastava ouvir o sonoro cantar da voz de vida que emanava daquele entusiástico grupo de idosos, ele sabia muito bem o que os estava a fazer cantar daquela forma.

E dessa forma invulgar, a olhar para traseiros de robes de todas as cores… ele apaixona-se uma vez mais por Ela.

2009-05-02

O velhote (I)

Espera ansiosamente na sala comum daquele lar. Aquele lar que ambos imediatamente concordaram que tinha de ser aquele quando o viram pela primeira vez. Tinha nos jardins aquela paz que ela gostava de sentir para melhor por em palavras os mares de sentimentos que sempre viveram com ela, os mares de sentimentos que faziam limpar a alma a todos os que tinha oportunidade de os vislumbrar. Tinha também o lago, que ele dizia gostar de olhar pois trazia-lhe paz, mas na verdade era mais um desculpa dele, para ela não perceber que pelo canto do olho, a paz vinha de estar a vê-la. Ela percebia os pequenos truques dele, mas não se importava, pois apesar de lhe ter dito muitas vezes que não era nada de especial, sempre soube que por alguma razão ele sempre sentiu paz a olhar para ela, mesmo agora que a sua face tinha as marcas do tempo, ela sabia pelos olhos dele que continuava lindíssima. Estava a ficar caquéctico pensava ela por vezes, numa tentativa de tentar perceber aquele fascínio, mas as pessoas assim não conseguem ser coerentes, e ele era-o com ela!

Uma hora depois ela surge no corredor, embora com algumas dores de costas e de pernas não deixa que isso impeça o seu andar altivo, nem que esconda o seu sorrir para as pessoas com quem se cruza. Prestes a sentir que está a ter um pequeno ataque de coração, resmunga consigo próprio nestas palavras: “ò velhote, vê se te acalmas, tens quase oitenta anos, já tens boa idade para saber controlar a ansiedade que sentiste a primeira vez que soubeste que era Ela”.

Ao chegar a ele, baixa ligeiramente a cabeça, e por cima dos óculos que usa, ilumina-lo como sempre faz com aquele doce olhar. Apesar dela se manter imóvel, ele percebe que ela abana ligeiramente a cabeça com um ligeiro sorriso paciente enquanto parece pensar “ai,ai, que vou fazer contigo!”. Que fez ele desta vez, fica a pensar! Então ela diz-lhe: - Sabes que adoro azul, mas podias ter trazido as pantufas com a mesma cor de azul! Novamente.. Não.., resmunga ele para si mesmo, na pressa de ir ter com ela, trocou as pantufas. - Espera um momento por favor diz-lhe, volto já. E com o cinto do robe a arrastar pelo chão, vai o mais rápido que pode ao quarto, trocar uma das pantufas, enquanto que, prático como é pensa “vou despachar um par de pantufas, e comprar mais três pares da mesma tonalidade, pois não posso perder mais tempo a estar sem ela para andar atrás das pantufas… e já agora será que troquei a fralda?”.

2009-04-30

Demoraste muito!


Ele termina de colocar os talheres que faltavam, e espera por ela que traz o jantar. Assim que chega, ambos se sentam ao mesmo tempo. Atenta como é a todos os pormenores diz-lhe em tom de gracejo:
- Continuas um aluado, onde está a colher do arroz?
Ele encolhe os ombros e sem falar pede-lhe desculpa com um sorriso. Ela levanta-se e caminha em direcção à cozinha para ir buscar o que falta, e mesmo em fato de treino, caminha com a mesma elegância que demonstraria se usasse o seu melhor vestido ao percorrer corredores repletos de alunos. Enquanto observa aquele “flutuar”, fica a pensar: “se ela soubesse o quanto é difícil estar atento ao mundo, sempre que ela está por perto!”, mas acaba por tomar consciência uma vez mais, que tem de continuar a tentar.

Uns trinta segundos depois ela volta, e enquanto se senta ele observa:
- Demoraste muito!
Franzindo muito subtilmente uma das sobrancelhas (é o que ela costuma fazer, sempre que ele diz coisas sem nexo, e ela fica a tentar descobrir em que mundo pára ele desta vez)
Ai sim! E então porquê? Diz ela a sorrir.
Não sei explicar, só sinto que demoraste muito. Responde. Ao qual ela calmamente comenta:
Estiveste anos sem estar junto a mim, pensei que já te tinhas habituado às minhas “ausências”!
Então ele diz-lhe:
- Minha querida, nunca me habituei a estar sem ti, simplesmente aprendi a conseguir faze-lo. Sim, desde de que tiveste de ir, comecei por contar em segundos e terminei em anos, mas como sabes o tempo é relativo quando é o coração que o sente. Para uns uma vida inteira não chega, porque não encontraram, para outros um segundo é demais porque encontraram, para mim o tempo tem o teu nome... O tempo que demoraste a ir e voltar da cozinha, foi exactamente o mesmo que decorreu ao longo dos anos que se passaram desde do nosso último jantar, demoraram o tempo do mesmo instante, em que senti “demoraste muito”!

O vôo da renovação


A História da Águia é bem conhecida, mas vale a pena uma constante reflexão.

A águia é a única ave que chega a viver 70 anos. Mas para isso acontecer, por volta dos 40, ela precisa tomar uma séria e difícil decisão.

Nessa idade, suas unhas estão compridas e flexíveis. Não conseguem mais agarrar as presas das quais se alimenta. Seu bico, alongado e pontiagudo, curva-se. As asas, envelhecidas e pesadas em função da espessura das penas, apontam contra o peito. Voar já é difícil.

Nesse momento crucial de sua vida a águia tem duas alternativas: não fazer nada e morrer, ou enfrentar um dolorido processo de renovação que se estenderá por 150 dias.

A nossa águia decidiu enfrentar o desafio. Ela voa para o alto de uma montanha e recolhe-se em um ninho próximo a um paredão, onde não precisará voar. Aí, ela começa a bater com o bico na rocha até conseguir arrancá-lo. Depois, a águia espera nascer um novo bico, com o qual vai arrancar as velhas unhas. Quando as novas unhas começarem a nascer, ela passa a arrancar as velhas penas. Só após cinco meses ela pode sair para o vôo de renovação e viver mais 30 anos.

Em nossa vida, muitas vezes, temos de nos resguardar por algum tempo e começar um processo de renovação. Para que continuemos a voar um vôo de vitória, devemos nos desprender de lembranças, costumes e outras tradições que nos causaram dor.
Somente livres do peso do passado, poderemos aproveitar o resultado valioso que uma renovação sempre traz.

- Conteudo retirado da Internet

2009-04-29

O Chamamento


Aluado como é, ele não percebeu de imediato o que estava a acontecer. Porque razão todo o mundo físico que o rodeava se desvanecia tal como fumo lançado ao vento! Foi necessário mais um batimento do coração para que ele percebesse porque é que as nuvens eram agora o seu chão, porque razão teve de mudar a direcção daquela força que o puxava para não mergulhar no plasma do sol, e ainda mal recomposto do susto, porque teve de fazer nova mudança de direcção para evitar uma cabeçada com a lua… Suspenso no vácuo, rodeado por mares de estrelas, ele procurou a mão de Deus. Pensou que só ela teria a força para o retirar do mundo daquela forma. O tempo parou, assim como todos os mares de vida em seu redor, e no mesmo instante todos os sons que emanavam desses mares. Nesse silêncio absoluto, ele ouve um meigo chamamento de vida, sussurra numa leve batida, que aos poucos foi crescendo, que aos poucos ia preenchendo aquele infinito de silêncio, que aos poucos se tornou tão sonoro, tão intenso, tão forte que rebentou numa imensurável onda de choque que fez ressuscitar todos aqueles mares adormecidos de vida! Era o seu coração, ainda batia e estava a falar para ele... Se o coração ainda batia, então não poderia ter sido Deus que o tinha chamado! Foi então que soube:

“Ela” estava a chamar por ele!

E sem que nada mais o conseguisse deter, antes de deixar que um novo batimento tivesse início, ele tinha partido e tinha chegado, e nesse mesmo instante

“Ela sentiu a presença dele...”

Parada, suspensa, e sem mexer os lábios ela sorriu. Sim, sorriu aquele sorriso que tantas vezes fez com que o sol, fosse, sedento ter com ele.. sedento de quê? Nem ele nem o Sol chegaram a descobrir, só sabiam que era a ele que o Sol procurava sempre que ela sorria, e era o Sol que ele procurava sempre que sentia que ela precisava de sentir o calor do sorriso dele.

Ela sorria por ele ter chegado, por saber que ele chegaria, por ter visto a viagem atabalhoada que ele percorreu para chegar até ela. O Sol e a Lua sempre foram os seus mensageiros, e ele quase que se esbarra contra ambos. Elegância nasceu com ela, ele continua a levar os astros à frente sempre que tenta aprender a fazer-lhe uma vénia sem tropeçar! Mas é assim a existência desse amor que o puxou, suave como a delicadeza do movimento de uma vénia, e forte o suficiente para tirar qualquer entidade astral da sua orbita.

Tinha deixado para trás: constelações, universos, o sol e a lua para estar com ela. Mas nada disso importava pois eles existiam onde quer que ela estivesse, ela era o centro, e tudo o resto orbitava à sua volta, inclusive o mundo secreto dele, o mundo onde as mãos dela sempre estiveram unidas às dele, com naturalidade, sem tremor, sem nervosismo, sem hesitar, o mundo que ele encheu de oceanos por saber o quanto eles a acalmavam, repleto de desertos, para que ela nunca esquecesse que ele atravessaria qualquer um deles para estar junto a ela, repleto de rosas para deleite dela mas (só este) mais para deleite dele… para se deliciar ao Vê-la sorrir ao olhar para elas, e é claro que também lá foi colocado o sol dela e a lua dele, assim como os lagos, e um único banco, aquele onde ele sempre conversou com ela enquanto ela estava a caminho desse mundo, aquele onde eles agora sem falar.. comunicam.

Um batimento de coração, uma procura de Deus, uma travessia pelas galáxias, uma quase queimadura do sol, e uma quase cabeçada com a lua, foi o simples caminho que ele percorreu para chegar até ela… até ao mundo que ele criou para ela, agora colorido com todas as formas de vida, porque ela chegou!

Foi ela que o levou a percorrer o próprio mundo dele, o mundo que na verdade só existe porque ela existe. E como foi essa viagem? Foi exactamente como as palavras dela a descreveram…

2009-04-23

Damn

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Lyrics to Anymore

Now..I have see
that..I'm not free
Anymore..without You
Anymore..now I'm Free
On this road..with my soul
On this road..I want be

Anymore..Without You
Anymore..Now I'm Free
On this road..with my soul
On this road..with You

In the Look,when light of dark
I stil's eyed my dreams
Sorry-me in the distance,
the shadows in the air

Look on her and hide my peace
All my only smile
Sometimes I belive that's
the way of we in this mind
Is
I'd never wait for her
I'd never been for we

I'm not it
Anymore..Without You
Anymore..Now I'm Free
On this road..with my soul
On this road..with You
Anymore..Without You
Anymore
Now I'm Free

2009-04-15

Never Give All The Heart

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Never give all the heart, for love
Will hardly seem worth thinking of
To passionate women if it seem
Certain, and they never dream
That it fades out from kiss to kiss;
For everything that’s lovely is
But a brief, dreamy. Kind delight.
O never give the heart outright,
For they, for all smooth lips can say,
Have given their hearts up to the play.
And who could play it well enough
If deaf and dumb and blind with love?
He that made this knows all the cost,
For he gave all his heart and lost.

- William Butler Yeats

O Regresso da Lua

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Noite e luar
eu queria cantar
Vamos embora que ainda crece
vamos tentar
Deixa a dor que voce
Leva dentro que tem
Lembra de nos, meu bem,
vamos juntos a cantar

Noite e luar
eu queria saber
Onde estava a vida sem
Voce ao lado meu
Tudo era tao frio
E voce aconteceu
Perto de mim ,meu bem
Vamos juntos a cantar

Deixa la a dor
Tudo va acontecer
Eu preciso perdao
Deixa as duvidas vem
Deixa la amor
Tenho beijos na mao
Eu preciso perdao
eu te quero pra mim

Noite e luar
eu queria cantar
Vamos embora que ainda crece
vamos tentar
Deixa a dor que voce
Leva dentro que tem
Lembra de nos, meu bem,
vamos juntos a cantar

(Patrizia Laquidara, Paolo Buonvino e Mirco aistro. From the movie "Manuale d'amore")

2009-04-14

O Regresso do Sol

«Durante todo aquele Inverno a cega ficou dentro de casa a maior parte do tempo, esperando que o rigor do tempo passasse um pouco…ali vivia sozinha.

Naquela manhã de Abril o frio ficou mais ameno e ela apercebeu-se do perfume estimulante da primavera. Seus ouvidos escutaram o canto alegre de um passarinho do outro lado da janela como que a convidasse para dar um passeio fora de casa.

Preparou-se, pegou na bengala e saiu. Na rua voltou o rosto para o sol, sorrindo agradeceu-lhe o seu calor e a promessa de dias mais quentes.

Caminhou tranquila sorridente pela rua sem saída, ouviu a voz da vizinha oferecendo-lhe boleia, agradeceu mas suas pernas precisavam de andar, todo o Inverno estiveram descansando.

Ao chegar à esquina ela esperou, como sempre fazia, que alguém se aproximasse e a ajudasse quando o sinal ficasse verde.

Os segundos pareceram uma eternidade… ninguém aparecia. Ela percebia muito bem o ruído nervoso dos carros passando correndo como se tivessem que levar seus ocupantes a algum lugar muito depressa.

Por um momento sentiu-se sozinha, desprotegida e para afastar essa sensação começou a cantarolar uma canção de boas vindas à primavera que naquele momento lhe veio à memória, canção que aprendera na escola quando criança.

Eis, que uma voz masculina bem modulada se lhe dirigiu “você parece um ser humano muito alegre… posso ter o prazer da sua companhia para atravessar a rua?”

Ela fez que sim coma cabeça, seu sorriso voltou enquanto murmurava ao mesmo tempo um “sim”.

Delicadamente, ele segurou o braço dela. Enquanto atravessaram devagar, conversaram sobre o tempo e como era bom, estar vivo num dia daqueles.

Como andavam no mesmo passo, era difícil distinguir quem era o guia e quem era o guiado.

Mal chegaram ao outro lado da rua ouviram as buzinadelas impacientes dos automobilistas. Deve ser mudança de sinal, pensaram.

Ela voltou-se para o cavalheiro, abriu a boca para lhe agradecer a ajuda e companhia, mas já ele estava falando “Não sei se percebe como é gratificante encontrar uma pessoa tão bem disposta para acompanhar um cego como eu, a atravessar a rua”

- Baseado no livro Pequenos Milagres – Yitta Halberstam e Judith leventhal, ed. Sextante, págs. 36/37

2009-04-10

For those who "Know"

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I choose to hide
But I look for you all the time
I choose to run
But I'm begging for you to come
I wanna break
But I know that you can take
I stay a while
To be sure that you're by my side
Oh, oh

Don't look at me, just look inside
Cause I can go through
Tell me, are you goin' tired
Of what I don't do
I wanna see, I wanna fight
Cause I don't feel scared
Honey, if you care

I choose to find
Things that you left behind
I choose to stare
But I can take you anywhere
I wanna stay
But my soul leaves you anyway
Can close the door
And love, could you give me more

Don't look at me, just look inside
Cause I can go through
Tell me, are you goin' tired
Of what I don't do
I wanna see, I wanna fight
Cause I don't feel scared
Honey, if you care

Choose love, choose love, love
Choose love, choose love, oh

Don't wanna hear, I wanna fight
Cause this time I won't be wrong
And I can waste this precious time
Asking where do I belong
So let me know your love is real
Cause this time you won't control
Tell me please, what do you feel
Do I have to save your soul

Choose love, choose love, love...

2009-04-08

Pedras no Caminho?

“Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que a minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver,
apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não".
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta...

Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo."

- Fernando Pessoa

2009-03-31

Fragile

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If blood will flow when flesh and steel are one
Drying in the colour of the evening sun
Tomorrow's rain will wash the stains away
But something in our minds will always stay

Perhaps this final act was meant
To clinch a lifetime's argument
That nothing comes from violence
And nothing ever could
For all those born beneath an angry star
Lest we forget how fragile we are

And on and on the rain will fall
Like tears from a star
Like tears from a star
And on and on the rain will say
How fragile we are
How fragile we are..

2009-03-19

Kahlil Gibran

Each and every one of us, dear Mary, 
must have a resting place somewhere.
The resting place of my soul is a beautiful grove 
where my knowledge of you lives.
(Extract from one of Gibran's letters dated 8th November 1908)

I realized that all the trouble 
I ever had about you 
came from some smallness or fear in myself.
(Extract from Mary Haskell's journal dated 12th June 1912)

2009-03-09

[Raio de Lua]

Recordo como sol sempre me aqueceu,
No entanto raramente senti o seu embalo.
Lembro bem como lua sempre me iluminou,
Mas excepcionalmente sentia o seu fascínio.
Sim, o sorrir sempre me acompanhou, quase instintivamente,
Assim como o simples bater de asas de um qualquer pássaro livre.
Também as palavras sempre brotaram de mim.
Da mesma forma que uma fonte jorra gotas de água,
Naturalmente e frias.

Agora já não é assim!

Rasgando pelas trevas do mundo,
Despedaçando qualquer fragmento de escuridão do meu ser,
Ele invoca o meu espírito, para mais uma jornada.
Embalado pelo seu calor, desperto não só para o dia,
Ressuscito para a vida que vou viver nesse dia.
É desta forma encantada que o sol agora se declara todos os dias.
E embalado por ele, respiro cada segundo de vida.
Até que…

Saudoso por ter de me deixar, liberta-me ao descoberto da noite.
E assim ficamos, em paz, enquanto se afasta, a contemplar-nos em silêncio.
Como só acontece com os seres que se conhecem desde de sempre.
Como duas almas que já não necessitam de palavras,
Pois existem não separadas, mas sim numa alma maior!
É neste limbo que vivo com a ausência do sol.
Até que…

Rasgando pelas trevas da noite,
Iluminando de vida todos os recantos de mim.
Ela seduz todos os meus sentidos para mais uma aventura.
Enfeitiçado pelo seu encanto, apresso-me a seguir o meu espírito,
Que velozmente me deixou, para cavalgar uma doidice desenfreada.
Quer sentir todos e cada um dos seus raio>s de luz.
É desta forma alucinante, que a Lua se revela uma vez mais.
E fascinado por ela, vivo cada segundo de vida.
Até que…

Por vezes o tempo é generoso.
Permite que a lua chegue antes do sol partir.
E ao primeiro chamamento dos dois,
Liberto-me da minha dimensão terrena,
Para a eles me juntar.
E numa ansiedade infantil,
Assim ficamos os três, à espera!
Até que…

Começo a sentir,
Como o Sol transborda todos os limites o seu ardor,
Como a Lua extravasa todas as fronteiras do seu esplendor.
E por uns instantes perco os dois de vista,
Tal é a intensidade da força de alma que emitem!

E sabes porque?

Tu chegaste...
È a veemência de Ti que agora nos abraça.
E nesse instante delicioso,
Tu és a Lua, e o Sol, e a Luz, e o Calor, e o Embalo.
E nós… nós somos três simples pontos nesta obra mística,
Preenchida pela imagem de ti!

Não consigo evitar de sorrir para o Sol e para a Lua,
De ver como suspiram pelas sensações que lhes trazes!
Ponho a minha mão no sol, para o acalmar.
Passo-a pela face da lua, para a serenar.
E num sussurro, digo a ambos:
- “Eu sei”!

Inebriados de ti,
Ainda conseguem dar-me um último sinal de compreensão.
E mesmo antes de se adunarem uma vez mais,
Ambos respondem ainda incrédulos:
- É assim, sempre que ela aparece… e nunca o consegue evitar!

Sorrio agora para ti, enquanto os meus olhos dizem aos teus:
- Acontece o mesmo comigo, e não consegues evitá-lo!

2009-02-27

Taxionomia

Taxionomia: termo usado para “classificar”. Começou por ser uma ciência para classificar organismos vivos, mas mais tarde a palavra foi aplicada em um sentido mais abrangente, podendo aplicar-se a uma das duas, classificação de coisas ou aos princípios subjacentes da classificação. Quase tudo - objectos animados, inanimados, lugares e eventos - pode ser classificado de acordo com algum esquema taxonómico.

Até aqui nada de mais. A “magia” relativa a esta palavra começa quando te apercebes que “aquilo” que ela “classificou” ganha vida… e com vida a classificação atribuída volta para ti, podendo tu, com o tempo atribuir-lhe um novo significado, de acordo com que entretanto a vida te ensinou, com o que a vida te mostrou, com o que cresceste.

Exemplo: A primeira vez que ouvi que a musica “My Imortal”, classifiquei-a de “soberba”, mas com tendências nostálgicas e de tristeza (Estava no sopé da montanha). Após a ter ouvido algumas dezenas de vezes, e com o tempo, a minha classificação mudou para “introspectiva”, agora sem tendências de qualquer espécie (Estava a meio da montanha). Após um longo período de separação, voltou a mim novamente, e novamente a minha classificação mudou, desta vez para “divina”, e agora com tendências de paz (Cheguei ao topo da montanha).
Pode ser que um dia mude novamente, mas até lá é este o substantivo que me liga a ela.

Assim é a vida, assim é a Taxionomia, assim sou Eu e Tu: uma interação contínua!