2011-05-09

{ Olá Mendes }


“Olá Mendes”… foram com estas palavras que comecei a falar contigo, como sabes há vários dias atrás, e neste momento talvez saibas melhor que eu porque é que ainda não consegui continuar, mas também não vou estar com questões filosóficas sobre o assunto, pois ambos sabemos o quanto as tuas sobrancelhas franziram sempre que me perdia em divagações

“Hunting High and Low”, já sabes que foi esta a musica que me apeteceu ouvir quando partiste, tentei várias vezes perceber o porque! Acabei por chegar a um consenso com a minha consciência: não tem nada a ver contigo e ao mesmo tempo.. sob um determinado ponto de vista tem tudo a ver contigo, e se conseguires ouvir os meus pensamentos, acredito que estarás a sorrir para mim (como tantas vezes o fizeste), em sinal de “eu entendo-te”!

Como assegurar-te que não serás esquecido? Como assegurar-te que te digo a verdade sabendo tu que não estive tantas vezes a teu lado como “podia” ter estado? A vida não para! Tive outros compromissos! Amanha é outro dia! Eu compenso! Serão estas constatações de mim nesta vida suficientes para ti?

No momento em que partistes, sentir uma saudade imensurável! Dizer-te que são raríssimos os momentos neste mundo que me fazem brotar uma lágrima, e por ti, duas ganharam vida própria e fugiram de mim, perante a minha impossibilidade de as deter! Serão estas constatações de mim nesta vida suficientes para que saibas, o que preciso que saibas?

Acredito que sim, que sabes! Acredito porque sei que conheceste a minha natureza, acredito porque eu conheci a tua! Acredito porque acredito que não te estou a dizer Adeus, mas sim um simples “até já”!

Mendes, estou a ver o teu sorrir e a ouvir a tua voz como se estivesses aqui.. e assim vai continuar!

2011-05-05

Raios

Raios… como é que se gere um tempo de vida em função do tempo de vida que temos disponível?
Dito de outra maneira: como se vive tudo o que desejamos viver, no tempo que nos é disponibilizado para viver?
Dito ainda de outra forma: como aprender a base de tudo o que sabemos que devemos aprender, sabendo que o tempo que nos é concedido para o fazer é muito limitado?
E ainda mais uma: como saber que vamos deixar esta vida, conscientes de que a vivemos.. de acordo com ela.. de acordo connosco?

Já não suponho, já não questiono, já não me faz confusão! Já sei que há pessoas que passam (e passaram) nesta vida sem fazer qualquer uma das questões anteriores, assim como sei que no extremo, há pessoas que só fazem esse tipo de questões!

Hoje só verbalizo… as minhas "eternas" questões, não por precisar de respostas, mas sim por saber que já não estou longe do caminho que me levará até elas!

Nono-11/05/05