2008-12-14

[O reflexo da Lua]

A noite chegou,
E na escuridão do meu abrigo,
Apercebo-me que só agora abro os olhos para este dia.

Vejo as sombras dos objectos que me rodeiam.
Na verdade não são sombras,
Mas sim os seus delicados reflexos.
Espelham o ténue brilho que atravessa,
A janela que me separa de uma luz.

Instintivamente o meu olhar espreita pela janela,
Procura a fonte dessa luz.
E a iluminar o meu abrigo,
Encontra a Lua!

Fascinante; misteriosa; encantadora.
É assim que a lua irrompe,
Para mim, para todos os loucos que na noite,
Procuram inspiração no que resplandece!

Sorrio para ela,
Pelo fascínio que me desafia,
Pelo mistério que me atrai,
Pelo encanto que me cativa.

Sorrio para ela,
Por ter descoberto que a luz que me domina,
Não é a sua,
Mas sim o reflexo do sol!

A lua não cintila!
Ela simplesmente reflecte a luz que o Sol emana,
Sempre que o mundo onde me abrigo,
Se detém, algures entre ambos!

Sorrio para um e outro,
Pois sei agora,
Onde esta,
A fonte do reflexo que me fascina!

Sem comentários: