
Foi assim que começou..
Como a brisa que ele não viu nem sentiu,
Mas que o olhar lhe dizia existir,
Pelo suave balancear das árvores, que naquele instante o rodeavam.
Foi dessa forma que o sentimento continuou..
Sentiu um suave agitar do coração,
Ondas de energia tocavam o areal do seu corpo,
Algo novo percorria as veias do seu espírito.
De uma forma doce, continuou...
Encheu-lhe o pensamento de revelações.
Preencheu-lhe o sorrir com todas as formas de alegria.
Espalhou magia em cada sonho que o acompanhava.
Continuou a preencher até lhe encher a Alma!
Inundou todo o seu pensamento,
Reclamou todas as preces do seu espírito,
Sobrepôs-se à voz da própria alma.
E sem que te se tenha apercebido, começou a Roubar...
Começou por roubar o sorrir,
Seguiu, para lhe roubar os pensamentos,
Continuou esse roubo na essência do seu ser.
Desnorteamento! Foi o que sentiu,
Quando descobriu que a sua direção fora roubada!
E como pouco mais existia para roubar,
Reclamou no final, os resíduos da sua Alma!
E como as estrelas que se esgotaram de energia,
Que começam a declinar sobre o seu próprio peso.
Que diminuem até ficarem invisíveis,
Antes de explodirem e se tornarem Supernovas.
Também ele começou a declinar.
E então soube: o inevitável teria de acontecer.
Tinha de decidir:
Desaparecer lentamente, ou entregar-se ao momento!
Aquela energia Mágica que o alimentou.. transformou-se.
Estava toda ela agora acumulada sob o peso da sua Saudade.
Sentia no peito o peso do crescendo do seu cântico .
Assim como a possibilidade de sucumbir de vez perante ela.
Lentamente, dissipando.
Diariamente, desvanecendo.
Momento a momento, apagando.
Apagava-se.. se deixasse a natureza tomar o seu curso!
Procurou.. o que a natureza não tem!
A força de comandar a sua própria natureza.
A força de mudar os ventos dessa sua natureza.
O poder de moldar o seu universo.
Redescobriu o poder de cometer a loucura que quisesse:
Morrer lentamente,
Ou enfrentar a morte do seu universo,
E sem morrer, renascer, no mesmo corpo na mesma vida.
E sem perder mais um instante,
Usou a força do seu quase inexistente fôlego,
E libertou-se dele próprio,
'Explodindo' numa Supernova...
A dor e a felicidade dependem mais do que tu és,
do que o que te acontece!
Sem comentários:
Enviar um comentário